Violência doméstica Familiar

Acadêmicos do terceiro período de medicina do Centro Universitário São Lucas preparam um ciclo de palestras na noite de terça-feira (29) para abordar a Violência Doméstica Familiar e suas variáveis. O evento faz parte da disciplina Projeto Integrador proposto pela instituição para instigar o aluno a pesquisas que ampliem seus conhecimentos.

 

Para levar o assunto aos participantes, os acadêmicos convidaram um psicólogo e médico legista para falar suas experiências diante de casos de violência doméstica.

 

De acordo com o coordenador da disciplina Projeto Integrador na medicina, professor Omar Rahal, a escolha do tema foi baseada nos casos de violência familiar em vários segmentos que acontecem todos os dias sem que se dê conta da gravidade.

 

“O projeto está dentro do foco da prevenção e promoção da saúde e visa a educação dos assistentes comunitários que fazem um trabalho direto com as famílias nos bairros mais distantes, além dos profissionais da saúde para que possam identificar sinais de violência seja ela física ou psicológica. O médico tem uma importância muito grande nesse processo porque temos a obrigação por lei de comunicar as autoridades se for detectado algum problema referente a violência”, explica o professor.

 

“Vimos surgir essa necessidade de fazer este trabalho devido à gravidade da situação. E hoje estamos com um esclarecimento maior para abranger todas as áreas de violência tanto familiar que envolve não apenas a violência em si, mas outros tipos como a alienação parental, tortura psicológica, entre outros”, conta Lohan dos Santos, acadêmico.

 

Diante das dificuldades para conseguir os dados, os acadêmicos buscaram o apoio dos Agentes Comunitários de Saúde para obter os resultados na pesquisa. “Focamos no agente comunitário porque estão mais pertos das famílias para conseguir as informações. Durante a pesquisa foi identificado que mulheres são as principais vítimas de violência no âmbito familiar”, afirma Brendo.

 

Para o acadêmico Jeferson Macedo, o projeto visa promover a qualidade de vida buscando amenizar a violência no ambiente doméstico e familiar. “Em algumas situações os profissionais ficam amedrontados diante de casos de violência, então o projeto do treinamento busca orientar e incentivar os profissionais a denunciarem e buscar formas de ajuda para a vítima”, destaca.

 

 “O que mais chama atenção é o combate a violência física, mas a psicologia é muito mais agressiva que a física. Um dos nossos assuntos é a alienação parental de pais que jogam o filho contra membros da própria família. Com estas palestras queremos que o profissional da saúde perceba que algo está errado no contato com os pacientes”, afirma o aluno Edy Williames.