São Lucas/SESI vence nas Olimpíadas Universitárias Brasileiras

 

 

As meninas de Rondônia venceram a Paraíba no vôlei das Olimpíadas Universitárias 2012. A Faculdade São Lucas/SESI (Rondônia) e a Universidade Federal da Paraíba (UFPB) se enfrentaram pelo torneio feminino de vôlei válido pela segunda divisão das Olimpíadas Universitárias -  JUBs 2012, nesta terça, dia 23, em Foz do Iguaçu (PR). Mesmo com a diferença de fuso horário entre Rondônia e Paraná e com poucas horas de sono, as atletas da São Lucas/SESI (RO) foram mais ofensivas e venceram as paraibanas por 3x0, parciais de 25/12, 25/15 e 25/23. “Viemos de avião, mesmo assim é uma viagem longa. Saímos de Porto Velho ao meio-dia de segunda e chegamos aqui em Foz às três da manhã de terça. Dormimos umas três horas e já jogamos agora cedo. Mas começamos com o pé direito; é isso que importa”, comemora a ponteira Thaila Nobre, 19 anos, estreante nas Olimpíadas Universitárias. “Desde os doze anos jogo e participo das Olimpíadas Escolares. O nível aqui é diferente, mais forte, só que não sinto tanta pressão”, completou. Para a equipe da São Lucas/SESI (RO) as madrugadas não são novidades. “Nós treinamos das 23h às 01h, às terças e quintas, que é o horário em que conseguimos reunir todo o grupo pois muitas jogadoras estudam e trabalham”, destacou Thaila, aluna do curso de Direito.

Do lado paraibano, os gritos da técnica Geovanna Almeida não conseguiram acordar a equipe da UFPB, que demonstrou poder de reação apenas no terceiro set. “No ano passado ficamos em 4º lugar, à frente de Rondônia. Mantivemos a base da equipe, mas perdi duas atletas importantes que não puderam viajar por causa de trabalho. Hoje não fomos bem, mas temos potencial pra jogar melhor”, apontou Geovanna. Acostumada a estar dentro de quadra, a técnica da UFPB gesticula e fala muito a cada lance. Antes do jogo prancheta na mão e orientação às atletas. “Se pudesse eu entrava na partida. Joguei ao lado de algumas das atletas e ainda bato bola com elas nos treinos. No começo foi difícil esta transição, para que elas me vissem como técnica e não como jogadora. Mas agora já estamos adaptadas e elas acabam também me tendo como referência”, salienta.

Desde 2009, Geovanna, 27 anos, decidiu parar de jogar e assumir a equipe principal da UFPB. “Antes, mesmo jogando, eu já treinava as equipes de base do grêmio da Universidade. Mas agora foquei apenas no trabalho como técnica. É estressante, mas não mata. Fico chateado algumas vezes, mas no outro dia estou com a mesma disposição e vontade”, conta. A jovem técnica começou no vôlei aos dez anos e representou, por várias vezes, as seleções paraibana e potiguar, seu estado natal. “Comecei a brincar na escola, em Natal. Vi que tinha jeito, me destaquei e logo fui jogar e treinar em clubes. Em 2003 fui estudar e jogar na UFPB. Não me vejo longe do vôlei. É minha vida”, completou.