São Lucas promove I Simpósio de Oncologia em Ginecologia e Obstetrícia da Amazônia Ocidental
A abertura aconteceu no auditório da Faculdade São Lucas na última sexta-feira (15) e contou com a participação de acadêmicos, professores e profissionais atuante da área de saúde das regiões Norte, Sudeste e Centro Oeste do país. O encontro voltado para a saúde da mulher apresentou aos participantes o surgimento, diagnóstico e tratamento para as doenças trofoblástica gestacional, mais conhecida como doença de “Mola Hidatiforme”; moléstia que acomete as mulheres, mas que pode ser tratada e curada. Além de câncer na mama e útero.
A Mola é uma doença congênita de má formação do feto que fica alojado nas trompas da paciente e desenvolve gerando um grande volume de massa, mas que devido à alta produção do hormônio HCG pode levar a uma neoplasia (câncer) se não tratada adequadamente. Seu diagnóstico pode ser realizado precocemente devido à realização de exame de sangue e ultrassom no inicio da gravidez. Os principais sintomas são: sangramento, anemia, vômitos, inchaço abdominal, pré-eclampsia entre outros.
De acordo com a professora Rita de Cássia, coordenadora do evento, o objetivo é capacitar os profissionais sobre diagnóstico e rastreio de patologias relacionadas a saúde da mulher. “São doenças como câncer de mama e útero, além da doença trofoblástica gestacional muito confundida com a gravidez”, frisou.
Na oportunidade o professor da Universidade do Rio de Janeiro UFRJ Dr. Antônio Braga fez uma apresentação sobre o surgimento da doença e seu diagnóstico no século XV, pois já existiam relatos de casos desde antes de Cristo. “O mais importante é divulgar a doença que são muito freqüentes nas mulheres e chamar atenção dos profissionais para o diagnóstico precoce que pode chegar a 100% de cura”, enfatizou o professor.
Especialista na área, professor da Universidade de Goiás Dr. Mauricio Viggiano, foi o primeiro médico a mostrar por ultrassom a doença e sua cura. De acordo com ele, a incidência no aumento de casos confirmados é alarmante e para acompanhar melhor cada região um centro de referência para estudos e diagnósticos foi montada em cada capital do país. “A doença não é apenas em mulheres mais velhas, pode ser em qualquer idade, principalmente em idade reprodutiva da paciente”, afirma Dr. Maurício.
Em Rondônia o centro atende mulheres como a Francismaria de Sousa e Mariana Pensador, portadora da doença e que estão em tratamento com o Dr. Mauricio que por meio de conferência acompanha pacientes de todo o país. “Estou em tratamento há 03 anos, e apesar de ter descoberto a doença no inicio precisei passar por quimioterapia por causa do aumento HCG (hormônio mutante da célula cancerígena)”, conta Francismaria. “Descobrir a doença há 01 ano e hoje temos uma associação para acolher, acompanhar e apoiar com palestras, psicólogos e outros atendimentos as mulheres diagnosticadas com a doença em Rondônia. Ao todo temos 40 associadas, mas o número de mulheres portadoras é muito maior”, relata Mariana.