São Lucas participa de adaptação de sistema para alunos deficientes auditivos de escolas públicas
As professoras Isabel Cristiane Kuniyoshi e Lidiane Tavares Batista, do Departamento de Fonoaudiologia da Faculdade São Lucas, participam da adaptação do sistema de Frequência Modulada (FM) para alunos deficientes auditivos da rede pública de ensino, que se inicia nesta quarta-feira, dia 28. O sistema beneficia estudantes do primeiro ao terceiro anos de escolas públicas de todo o Brasil e, em Rondônia, de Ji-Paraná e de Porto Velho que sejam usuários de aparelho de amplificação sonora individual (AASI) ou implante coclear. Por meio da FM, é possível equalizar a intensidade da voz do professor e do ruído presente na sala de aula. Segundo a professora Isabel Kuniyoshi, o sistema de Frequência Modulada é um dispositivo eletrônico complementar à adaptação do AASI e do Implante Coclear e serve como instrumento fundamental para que a criança com deficiência auditiva consiga acompanhar a escola regular, pois a voz do professor alcança a orelha da criança deficiente auditiva com maior qualidade sonora. “O benefício primordial do uso desse sistema de comunicação sem fio é a melhora na compreensão da fala do professor e, consequentemente, da participação no processo ensino-aprendizagem”, salienta a docente.
Essa ação faz parte de uma das metas do projeto de pesquisa “Capacitação em Deficiência Auditiva e uso do Sistema de FM para Profissionais da Área da Educação em âmbito Nacional”, que é desenvolvido com fomento do Ministério da Educação e coordenado pela Dra. Maria Cecília Bevilacqua (FOB/USP) e Dra. Deisy das Graças de Souza (UFSCAR). Em Rondônia, o projeto conta com a coordenação regional da professora Isabel Cristiane Kuniyoshi e a participação da professora Lidiane Tavares Batista, ambas do Departamento de Fonoaudiologia da Faculdade São Lucas. Estão envolvidos no projeto professores de Atendimento Educacional Especializado (AEE) da rede pública de ensino que receberam, nas ações anteriores, capacitação presencial e a distância sobre o uso do sistema FM. Nesta etapa do projeto, irão acompanhar o uso do FM por seus alunos durante as atividades escolares cotidianas.
O projeto busca definir diretrizes para a implantação da Frequência Modulada em território brasileiro, que incluem os critérios de indicação, a avaliação do benefício e um modelo de capacitação dos professores de atendimento educacional especializado como multiplicadores desse conhecimento. Trata-se de um projeto piloto multicêntrico de abrangência nacional com participação de 10% a 15% das crianças com deficiência auditiva. As escolas rondonienses que participam do projeto são as Escolas Municipais Eng. Francisco Erse, Manoel Aparício Nunes Almeida, Doze de Outubro, Flor do Piquiá (em Porto Velho), e as Escolas Municipais Ruth Rocha, Paulo Freire e Antônio Bianco (em Ji-Paraná). A adaptação dos dispositivos inicia nesta quarta-feira, na presença dos pais e professores de cada aluno.