São Lucas fortalece campanha de alerta contra a aids

 

 

A prevenção continua sendo fundamental para brecar o avanço da quantidade de pessoas infectadas pelo vírus HIV em todo o Brasil. O alerta é do professor Flávio Terassini, presidente da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) da Faculdade São Lucas, destacando que o governo brasileiro tem desenvolvido e fortalecido diversas ações para que a prevenção se torne um hábito na vida dos jovens. Dados do Ministério da Saúde indicam que a distribuição de preservativos no país cresceu mais de 45% de 2010 para 2011 (de 333 milhões para 493 milhões de unidades). Segundo esses mesmos dados, os jovens são os que mais retiram preservativos no Sistema Único de Saúde (37%) e os que se previnem mais. Em relação à taxa de mortalidade, o Boletim do MS também sinaliza queda. Em 2002 era 6,3 por 100 mil habitantes, passando para 5,6 em 2011 – queda de aproximadamente 12%. Na comparação regional, verifica-se que o Sudeste apresenta comportamento similar, enquanto que as regiões Norte, Nordeste e Sul apresentam tendência de aumento. O coeficiente da região Centro-Oeste encontra-se estável.

Neste sábado, dia 1º de dezembro, o Brasil se mobiliza em campanha de alerta como parte das atividades do Dia Mundial de Prevenção contra a Aids. Em todo o país, estima-se que cerca de 530 mil pessoas vivam com o HIV/aids, sendo 432 mil deles com idade entre 15 e 49 anos. A taxa de prevalência da infecção pelo HIV (% da população brasileira que tem o vírus), na faixa etária de 15 a 49 anos, é de aproximadamente 0,42%, sendo 0,52% entre os homens e 0,31% entre as mulheres. Entre os jovens do sexo masculino de 17 e 20 anos, a taxa de prevalência do HIV é estimada em 0,12%. Desde o início da epidemia, em 1980, até junho de 2011, o Brasil tem 656,7 mil casos registrados de aids (condição em que a doença já se manifestou), de acordo com o último Boletim Epidemiológico. Em 2011, foram notificados 38,8 mil casos da doença e a taxa de incidência de aids no Brasil foi de 20,2 casos por 100 mil habitantes, com diferenças regionais relevantes.

Observando-se a epidemia por região no período de 2002 a 2011, a taxa de incidência caiu no Sudeste, de 27,5 para 21 casos por 100 mil habitantes. No Centro-Oeste está estabilizada (18,5 para 17,5). Nas outras regiões, cresceu: 33,7 para 30,9 no Sul; 10,9 para 20,8 no Norte; e 9,3 para 13,9 no Nordeste. O maior número de casos continua concentrado nos municípios maiores: quanto maior o porte do município, maior a proporção de casos de aids, em todo o período. Apesar de o número de casos no sexo masculino ainda ser maior entre heterossexuais, a epidemia no país é concentrada em grupos populacionais com comportamentos que os expõem a um risco maior de infecção pelo HIV, como homossexuais, prostitutas e usuários de drogas. A faixa etária em que a aids é mais incidente, em ambos os sexos, é a de 25 a 49 anos de idade. Quanto à forma de transmissão entre os maiores de 13 anos de idade, prevalece a sexual. Nas mulheres, 88,7% dos casos registrados em 2011 decorreram de relações heterossexuais com pessoas infectadas pelo HIV. Entre os homens, 43% dos casos se deram por relações heterossexuais e 32% entre homo/bissexuais. O restante ocorreu por transmissão sanguínea e vertical.