Projeto Barco Saúde e Cidadania do São Lucas levou professores e alunos às comunidades ribeirinhas de Porto Velho
De 1 a 4 de novembro foi realizada a expedição Barco Saúde e Cidadania do Centro Educacional São Lucas. A atividade visa levar saúde, educação e cidadania aos municípios do Baixo Madeira e conta com organização da Coordenação de Extensão em parceria com os cursos do São Lucas.
O Barco Saúde e Cidadania é um programa de extensão institucional realizado desde o ano de 2010 em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira. Em 2018 a expedição aconteceu nos distritos de São Carlos e Seringal Cavalcante
A atividade tem como objetivo atender as comunidades e realizar atividades educativas nas áreas de saúde, cidadania e meio ambiente. Os cursos de Medicina, Enfermagem, Nutrição, Biomedicina, Odontologia, Direito, Ciências Contábeis, Ciências Biológicas, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Arquitetura e Engenharia estiveram presentes.
Durante a expedição, o curso de Biomedicina registrou cerca de 100 pessoas atendidas, sendo 75 em Seringal Cavalcante e 25 em São Carlos com um total de 150 exames laboratoriais realizados e entregues a população.
Os alunos dos cursos de Arquitetura e Engenharia Civil desenvolveram na comunidade de São Carlos um playground para entretenimento das crianças locais. O propósito do projeto foi oferecer a alegria e momento de infância, uma vez que o único parquinho do distrito foi destruído durante a enchente de 2014.
Segundo a Coordenadora de Extensão Cultura e Esportes, Profa. Ma. Maricélia Cantanhêde, a ação, além de levar atendimentos a estas comunidades, a intenção é a de possibilitar aos acadêmicos uma vivência frente à realidade que enfrentarão nas suas carreiras, independente da área de formação..
A edição deste ano da expedição, contou com a presença de alunos intercâmbistas vindos do Centro Educacional São Lucas unidade Caçapava – SP. A intenção de promover o intercâmbio entre as unidades Porto Velho e Caçapava enviando professores e alunos para a expedição Barco Saúde e Cidadania oportunizou vivências em contextos diferentes dos encontrados na região sudeste e gerou a oportunidade de viver o dna São Lucas.
Para a Diretora da Unidade de São Paulo, Profa. Dra. Isabel Kuniyoshi os alunos da região sudeste ainda tem um vivencia tímida em grandes ações de extensão e o intercâmbio entre as unidade foi enriquecedor, pois retornam de viagem com entusiasmo e paixão pela área de formação de cada um deles.
“Alunos e professores contagiando seus colegas para oportunidades vindouras, não apenas para intercâmbios, mas vislumbrar possibilidade de ações sociais e comunitárias, aqui em nossa região. São regiões diferentes, mas o espirito, o dna e a marca São Lucas são as mesmas”, destacou.
A experiência vivida no Barco Cidadania modifica não apenas o cotidiano das comunidades que recebem a expedição, mas marca para sempre os acadêmicos que participaram dos 4 dias de imersão.
O aluno Judson Nascimento Brasil, acadêmico de Odontologia, destaca que tal aventura marcará para sempre sua memória.
“Cada sorriso conquistado e momentos de alegria que pudemos proporcionar ao próximo, foi um sentimento único. A cada dia surgem novas oportunidades para conhecer e aprender, especialmente aprender com aqueles que nos cercam em busca de algo, seja de ajuda ou um refúgio. Sinto-me imensamente grato e satisfeito. Isso é superação e gratidão”, destacou.
Os acadêmicos puderam lidar com condições mínimas possíveis, fora da sala de aula, das clinicas, laboratórios e ambientes de simulação, fora de situações ideais e com monitoramento.
Para a Diretora Extensão do São Lucas, a Profa. Dra. Viviane Castro de Araújo os alunos aprendem a lidar com a criatividade, humanidade e empatia ao se colocar no lugar do outro, o que acaba por transcender o objetivo da atividade.
“É notável como expandiram suas visões e deixaram-se envolver com a vida das comunidades e suas crenças. Adentraram as famílias com muito respeito e consideração. Retornaram alunos e professores muito diferentes, mais sensíveis à estas realidades diferentes das suas”, enfatizou.
Diante do contato com o cotidiano das comunidades, muitos acadêmicos tem a oportunidade de reafirmar se compromisso com formação escolhida, como o caso da aluna Beatriz Lima do curso de Enfermagem, ressaltando que a expedição a fez amar ainda mais a profissão e que estender a mão aos semelhantes trás benefícios e ganhos incalculáveis.
“Cresci como pessoa e profissional. Deixar o conforto em prol do outro, caminhar no meio da mata, andar no sol e prestar assistência se adaptando com aquilo que está ao nosso alcance, não foi fácil. Nessa extensão me reencontrei comigo mesmo, aflorou em mim algo que estava morrendo. A força de vontade”, ressaltou.
A acadêmica também destaca a interação multiprofissional entre diversas áreas de atuação. “Trabalhamos em conjunto e com isso conseguimos contribuir na vida de muitas pessoas”, concluiu.