Internos de Medicina do UNISL participam da I Expedição em Humaitá

Acadêmicos de Medicina do 11º período de medicina da UNISL farão parte da equipe da I Expedição em Humaitá que acontecerá em setembro do dia 3 a 11 com apoio decisivo da FIOCRUZ/Noroeste, da SESAU/RO (CEMETRON e CEPEM)ICB5/USP e da Prefeitura Municipal de Humaitá-AM.

 

O grupo, será composto de 25 pessoas entre acadêmicos de medicina, alunos de pós graduação, alunos de iniciação científica (PIBIC), médicos, biomédicos e técnicos terá como objetivo descrever o perfil nosológico de uma parcela da população ribeirinha de Humaitá-AM, sob a ótica do fenômeno da “transição epidemiológica”.

 

Este termo, muito em voga, é utilizado para descrever o processo de envelhecimento global da população. Com a redução da mortalidade infantil (principalmente pela vacinação) e o aumento da expectativa de vida das pessoas (pela melhora na tecnologia na assistência à saúde), começa-se a acumular a população idosa e, consequentemente, as doenças mais frequentes neste grupo etário como a pressão alta, o diabetes, as alterações no colesterol, problemas de visão, problemas pulmonares, insuficiência renal e o câncer.

 

“Como estamos na gigantesca Amazônia, temos a desvantagem de acumular, além das doenças dos idosos (o amazônida começa a envelhecer), as doenças infecto-parasitárias como as hepatites, hanseníase, HIV, malária, filariose, parasitoses intestinais, entre outras. A ideia geral da Expedição é evidenciar este fenômeno, também chamado de “dupla carga “ de doenças, ou seja, a ocorrência concomitante de doenças infecto-parasitárias e doenças crônicas. Este fenômeno ainda é pouco estudado na Amazônia e seguramente o sistema público de saúde está despreparado para atender esta “dupla-carga” de doenças na imensidão amazônica. Trata-se da primeira prospecção do problema que poderá culminar com propostas de políticas públicas para o enfrentamento da situação. Além da atividade de pesquisa, será oferecida à população a vacinação, medicamentos e o atendimento odontológico.”, explicou Dr. Marcelo Aranha, coordenador de Medicina do Centro Universitário São Lucas.