Faculdade São Lucas orienta sobre gagueira
Hoje, 22 de outubro, é o dia Internacional de Atenção à Gagueira (DIAG), evento que ocorre anualmente. A campanha deste ano tem como foco divulgar e orientar a sociedade quanto à gagueira e a importância de saber lidar com as pessoas que gaguejam, minimizando o preconceito existente. Esses objetivos estão resumidos nos seguintes lemas da campanha: “Ter gagueira não define quem eu sou”, “Posso falar e tenho muito a dizer” e “Gagueira não tem graça, tem tratamento”. A gagueira é um distúrbio da fala que acomete pessoas independentemente de raça, de níveis socioeconômicos e culturais e de graus de escolaridade. Ocorre numa proporção de quatro homens para uma mulher. Na maioria dos casos inicia-se entre dois e cinco anos de idade. Atinge temporariamente 5% da população, sendo que em 1% permanece durante toda a vida. Para a fonoaudióloga Tames Cristina Oliveira Lima, docente do curso de Fonoaudiologia da Faculdade São Lucas, socializar a contínua e crescente quantidade de informações sobre a gagueira estimula o pensar e auxilia a rever mitos que, mesmo depois de desfeitos por comprovações objetivas e científicas, tendem a permanecer. “A gagueira não deve ser um tabu. A pessoa que gagueja merece atenção e respeito em relação ao tempo que necessita para transmitir sua mensagem”, alerta a fonoaudióloga, informando que a gagueira não surge por causa de sustos, não surge a partir de cobranças externas para falar bem, nem é resultado de um problema emocional, embora a vivência de uma fala gaguejada possa trazer consequências emocionais, timidez ou retraimento para a pessoa que gagueja. Tames Cristina ressalta ainda que todos os falantes apresentam algumas rupturas em sua fala. “Essas são as rupturas chamadas comuns ou típicas. As rupturas atípicas são rupturas características da gagueira”, salienta a docente. Ela alerta que o atendimento precoce é a melhor forma de combater a cronicidade. Mas, se este não ocorreu, há tratamento - que mesmo sem obter a cura – oferecem melhoras significativas para o seu portador. “Em caso de dúvidas um fonoaudiólogo deve ser consultado porque este profissional fará a intervenção necessária e dará as orientações adequadas para o paciente e sua família”, acentua.