Curso de extensão aborda o tema Animais Peçonhentos no UNISL
No último sábado (20), acadêmicos de diversas instituições de ensino se reuniram no Centro Universitário São Lucas para participar do 35º Curso de Animais Peçonhentos com o tema “Acidentes por Peçonhentos”, promovido pelos biólogos e professores Flávio Terassine e Saymon Albuquerque, com o intuito de capacitar esses participantes, em sua maioria acadêmicos, para identificar os animais e prestar os primeiros socorros às vítimas corretamente.
Para iniciar, foram apresentados casos clínicos de acidentes com serpentes ocorridos com adultos e crianças. Em seguida, o professor explicou quais são os animais peçonhentos e como eles vivem na natureza.
Saymon, explica que o curso foi preparado para atender a área de biologia, especificamente, mas teve a necessidade de ampliação para outras áreas ligadas a saúde, após acadêmicos de outras cursos como biomedicina, engenharia florestal, medicina, enfermagem, entre outros se interessarem pelas palestras. “Tivemos a necessidade de ampliar para que pudéssemos atender todas as áreas da saúde”, explicou o professor Saymon.
De acordo com o professor Flávio, em comparação a outras regiões do país, Rondônia está em 19ª posição em números de acidentes, com cerca de 750 casos por ano, isso envolve todos os tipos de animais de peçonha no estado. Setenta por cento desses acidentes são com cobras, seguido por outros animais como aranhas, abelhas, escorpião, lacraia, arraias, entre outros.
“Ministramos este curso de capacitação há 14 anos, e, nos últimos sete anos foram registrados 10 óbitos no estado por animais peçonhentos, ou seja, é um número bastante elevado pela quantia de acidentes que ocorrem anualmente. Mas essas ocorrências elevadas de mortes acontecem, principalmente, pela falta de informação das vítimas que em sua maioria demoram para buscar atendimento médico”, ressaltou o professor.
Entre os participantes, a acadêmica Flávia Barreto do curso de Biologia da Unir, reafirmou o interesse em aprender mais sobre a área que escolheu para atuar. “Primeiramente o conhecimento a mais nos torna capacitados para o mercado de trabalho por ser um curso abrangente”, afirmou a aluna.
“Eu estou participando por influência de uma amiga que trabalha na Fiocruz, conhece a realidade desses acidentes em Rondônia e me recomendou o curso”, declarou Pedro Souza, acadêmico do 4º período do curso de Farmácia.
Entre os participantes, acadêmicos de diversos cursos ligados a saúde, área ambiental e alunos do ensino médio.