Centro Universitário São Lucas realiza curso para servidores da Sesau
O Centro Universitário São Lucas em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), realizou nos dias 16 e 17 de novembro o curso “Como Lidar com a Morte” para psicólogos, enfermeiros, assistentes sociais, médicos, diretores de unidade de saúde e outros servidores que atuam na área da saúde com atendimento aos pacientes. O curso foi ministrado pelas professoras Polyana de Vargas e Eliana Pasini e teve como objetivo preparar os profissionais que acompanham pacientes em estado de saúde grave.
De acordo com a professora Polyana de Vargas em nenhuma formação superior existe o preparo dos profissionais que atuarão na área da saúde para lidar com o momento da morte. “É preciso orientar estes profissionais as formas de lidar melhor com o paciente e a família. Nesses dois dias falamos do ponto de vista biológico o que significa a morte. Depois abordamos gradativamente os tipos de morte e como elas ocorrem”, explicou.
Polyana de Vargas ressaltou ainda a temática cuidados paliativos. “Esta abordagem também remete aos cuidados com os próprios servidores para que compreendam a morte e a aceitem como um processo natural. Desta forma, eles poderão transmitir mais conforto aos pacientes e familiares em um momento delicado. Em nossa cultura nós temos o hábito de chorar e sofrer com o luto. Nosso objetivo é mostrar que a morte, apesar de dolorosa, é um ciclo natural da vida. Desta forma poderemos lidar melhor com a morte”, disse.
A professora Eliana Pasini relatou que é preciso tratar o assunto no dia a dia. “O medo vem daquilo que nós não conhecemos, daquilo que nós ainda não temos certeza. Sob este aspecto, nós acabamos tendo medo da morte. Então o nosso trabalho foi abordar as emoções e sentimentos dos participantes. Os profissionais de saúde precisam estar bem, para que possam exercer suas atividades de modo mais eficiente”, explicou.
Eliana Pasini ressaltou ainda que é necessário trabalhar os aspetos mais positivos no dia a dia. “Para lidar com o outros, nós temos que estar bem. Nosso propósito foi sensibilizar os profissionais que o envelhecimento é algo natural e que não é preciso ter medo de passar por ele. Ao longo de nossas vidas acumulamos muitos conflitos. Precisamos trocar esses sentimentos ruins por sentimentos bons. Depois disso conseguimos trabalhar a morte, pois ela é uma consequência natural, faz parte do nosso ciclo de vida”, disse.
Irisland Leonel, enfermeira coordenadora da UTI do Hospital Cemetron participou do curso. Segundo ela, o curso proporcionou conhecimentos acerca de vários aspectos da vida diária dos profissionais da saúde e dos conflitos que são inerentes a profissão, principalmente para os profissionais que recebem diariamente pacientes em estado de saúde grave. “Recebemos muitas informações que nos auxiliarão em nossa rotina diária de trabalho, como por exemplo, como lidar com o tratando dos pacientes de um modo mais humanizado, saber abordar de modo mais eficiente o paciente para que ele compreenda sua condição de saúde real, mas sem estressá-lo, poder observar as dificuldades que ele encontra no tratamento e auxiliá-lo para oferecer mais conforto e tranquilidade aquele paciente”, concluiu.