Artigo: Porque comemos?
Após o nascimento, durante as primeiras horas e dias de vida, comemos para sobreviver. Em poucos dias de vida, unimos o Sobreviver com o Prazer.
Não devemos permitir que o Prazer de comer se perca com o passar dos anos de vida, seja na infância, adolescência ou na vida adulta.
Aos primeiros contatos com outros alimentos além do leite materno ou de substitutos deste, a criança tem o direito de obter saúde e consequentemente prazer ao se alimentar. Se os alimentos que recebem não suprem a energia, vitaminas, minerais e outros para ter saúde, o organismo estará eternamente buscando satisfação.
Nunca é tarde para começar ou recomeçar!
Conheça alguns conceitos que definem as sensações fisiológicas ao escolhermos o que comer e o quanto comer. Estes são:
FOME, APETITE E SACIEDADE
São sensações fundamentais na regulação da fisiologia do comportamento alimentar. Assim, pode-se considerar que começamos a comer “porque temos fome” (que uma necessidade metabólica expressa por sinais biológicos e gastrointestinais); depois ‘porque queremos comer” (provocado pelo desejo de comer, independente da necessidade de energia); ou porque “é hora de comer”, porque obedecemos a hábitos da sociedade, família, grupo em que vivemos; ou só porque a comida está disponível na nossa frente.
FOME pode ser definida como a necessidade fisiológica de comer, e é induzida pela privação de energia ou alimentos que faz com que busquemos comida, não é relacionada a nenhum alimento especifico. Há indivíduos que reconhecem a fome por sinais internos, e aqueles que, para comer, dependem de outros sinais, ás vezes mais ambientais (como “é hora da refeição). A “fome” nunca é emocional, e sim um ato fisiológico, relacionado à necessidade de comida sendo uma função “utilitária”. Bateu a fome, coma!
APETITE diferente da fome corresponde ao desejo de comer um alimento ou grupo de alimento em particular esperando se ter satisfação e prazer, ou seja o apetite é o desejo por comida- que seria relacionado à atratividade com relação a palatabilidade, acesso e outros atributos não biológicos da comida, tendo uma função ”estética” – o que pode se tornar um problema pois alimentos com alto teor de açúcar, gordura e sal são altamente palatáveis e esteticamente atrativos além disso estão disponíveis em grandes porções. Está com apetite, coma! Só lembre que o apetite é “humilde”, não precisa de muito para satisfazê-lo se você o condicionar assim.
SACIEDADE é a plenitude gástrica, com a perda de fome depois da refeição, e é associada a uma sensação de bem-estar. É importante ressaltar que os sinais de saciedade já aparecem quando pequenas frações de nutrientes são absorvidas, ou seja, não é preciso estar “completamente saciado”. A saciedade não é um tudo ou nada.
Identifique as 3 sensações e tire o melhor de cada uma delas para viver plenamente FELIZ!